sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Uma festa handmade (final)



Com quantos doces se monta uma mesa bem bonita? O cálculo levou em consideração o número de convidados e uma dose extra por conta da preferência escancarada da dona da festa por doçuras. Então, a lista com 100 pessoas (mais o plus) indicava mil doces, 850 produzidos pelo filho, namorado da formanda, e pequena equipe. Pareceu-me um número um tanto exagerado, mas quem sou eu para contestar dois profissionais da área (rs). Sim, a nora também se formou em Gastronomia e engrossou o time das panelas que circula na família. 
O cardápio montado pelos dois passou por um couvert com pães artesanais e pastas, creme de moranga e risoto servidos individualmente e o grand finale: os doces!  Mini mil-folhas, trufas... 
sagu  de vinho e creme em copinhos, brigadeiros de chocolate e de bergamota e coco, brownies, olhos de sogra.
Incorporei a boleira que fui e preparei um minibolo personalizado com direito à frigideira e colheres.
Reprisei os corações de brownie das lembrancinhas do aniversário da mãe e juntamos um cartãozinho com o retrato da moça bonita.
A mesa foi a menina dos olhos do salão, sem dúvida. E os mil doces? Fizeram a festa das formiguinhas e pouco sobrou.

Um brinde à doçura de todos os momentos dessa jornada festeira que ganhou forma e sabor por tantas mãos afinadas pelo entusiasmo. Um brinde à felicidade da querida formanda! Amém.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Uma festa handmade (3)

Com quantas flores se enfeita uma festa com ares campestres?
Bem, considerando que as duas "decoradoras" amam! flor, e também têm a mesma preferência por arranjos singelos, dez buquês direto de uma fonte rica, um produtor agrícola de Morro Reuter, estavam de bom tamanho. Elas já começaram a fazer bonito no porta-malas e as frésias trataram de perfumar o carro com um dos cheiros que mais gosto, carona rápida para jardins do passado e lembranças felizes.

Os caixotes por si só já enchiam os olhos, dava até dó desmontá-los. 
Uma mistura de flores antigas, muitas que dificilmente se encontra: orquídeas, bocas-de-leão, sempre-vivas, gérberas miúdas, narcisos, margaridinhas, palminhas roxas, as cheirosas frésias (aqui chamamos de frísias)... Para quem é da região, fica a dica. As tendinhas à beira da BR 116 abrem aos sábados e domingos e vendem também frutas, legumes, verduras, ovos caipiras, tudo fresquinho e a preços imbatíveis (as flores, para terem uma ideia, custam de 3 a 4 reais o buquê).
Tirei do baú xícaras e taças e montamos os arranjinhos, uma delicadeza que à luz do fim de tarde nos encantou ainda mais.
As xícaras azuis ganharam destaque na mesa de doces.
Com alturas diferentes, flores e luminárias casaram com harmonia nas mesas. Viram o detalhe "meigo" da lista de convidados fixada com fitinhas na beirada do tampo?
As frésias também brilharam no cantinho das fotos.
Para os arranjos maiores da mesa de doces, rosas em dois tons rosados e brancas, em taças gigantes.
Um truque descoberto na hora de montagem foi usar arbusto (roubado de um canteiro... rs) como base para ajeitar as flores.
E na mesa do couvert, uma outra versão com as flores do campo e as rosas.
Brincar de florista foi uma delícia à parte na empreitada festeira.
Que nossos velhos dons floresçam renovados a cada desafio. Amém.
E para fechar a festa, no próximo post, os doces!
Para acompanhar os capítulos, aqui e aqui.

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma festa handmade (2)

Com quantos corações entusiasmados se faz uma decoração delicada? Neste caso, dois diretamente envolvidos em pontuar o espaço campestre da festa com mimos iluminados. Para isso, escolhemos usar, sem abusar, as toalhinhas de papel, um verdadeiro coringa para inúmeras possibilidades. As doilies miúdas, em formato de coração, enfeitaram os fios de luzinhas e emolduraram o grande vão do salão. Mais simples impossível. Um furinho na toalha onde se passa a lampadinha, sem necessidade de uso de cola. 
Para as mesas, montamos luminárias com taça de espumante como base envolvida em doile versão guardanapo rendado cor de rosa, retangular. Pinguinhos de cola são suficientes para fixar. Dentro do copo, uma velinha. Em julho, quando acabara de bolar a ideia, os pequenos abajures, em duas versões, renderam uma publicação na  Zero Hora, com PAP. 

Dispensamos toalhas de tecido e optamos por papel pardo em tiras, como passadeiras, para vestir as mesas, e para demarcar os lugares, toalhas redondas sobrepostas. 
O jogo do circular com os retângulos de base criaram uma harmonia interessante.

À noite, depois de muito suspense, finalmente pudemos nos encantar com o efeito das luzes acesas junto aos vazados.

Gosto de acreditar que assim como se formata um ambiente, uma festa, também na vida as pessoas têm seu tempo para chegarem e ocuparem seu espaço, muitas delas, acrescentando luz aos nossos dias.
"Um fio invisível vermelho conecta aqueles que estão destinados a se encontrar, independentemente do tempo, lugar ou circunstância. O fio pode esticar ou se emaranhar, mas nunca vai se romper." (provérbio chinês)

No próximo post, as flores (lindas) da festa! Que elas nos inspirem a fazer de setembro um tempo colorido. Amém.