sexta-feira, 26 de abril de 2013

Banco-cogumelo, uma fofura!

 

Não é novidade nenhuma que tenho fixação em cogumelos. A primeira e única vez que me deparei ao vivo com um desses de conto de fadas, vermelho com bolinhas, fiz um estardalhaço tão grande, que mesmo quem me conhece a vida toda arregalou os olhos e não conseguiu disfarçar uma certa preocupação.
Já me dediquei a dar forma a eles em feltro, com rolhas e pelotines, crochê, e ontem, a uma maxi ideia que vinha me rondando. 
Liguei o "motorzinho" e com lã grossa, a capa do banquinho rendeu rápido. Para a montagem, as soluções foram se apresentando conforme vislumbrava o cogumelão pronto.
Vamos aos passos? 

1- Primeiro fiz a capinha com lã grossa, agulha 3,5 e crochetei daquele jeito "intuitivo", com pontos altos, aumentando aos poucos e , nas últimas carreiras, sem aumento, para arredondar. 
2 - Para "engordar" o assento, um fuxicão recheado de plumante sem fechá-lo totalmente. Arrematei com um quadrado de feltro.
3- Vesti  a almofada com o crochê, passando um torcido de fios na base da capa e amarrando.
4- Cortei pomponzinhos brancos de lã e costurei na capa com vários pontinhos para achatá-los.
Prontinho, depois de me esbaldar fotografando a lindeza com meus gnomos e fadas, uma criaturinha muito fofa chegou para o verdadeiro test drive. E não é que a top modelinho se engraçou mesmo pelo "fofão" (e pelo gatinho da Ana Sinhana)!  
Com a alegria de Mariana, a serelepe sobrinha-neta, desejo um lindo fim de semana a todos. Amém.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mandalas aqui, ali, acolá!


Mandaleira que se preze sofre inevitavelmente do olhar compulsivo pelas "redondas". Reconhece mandalas por onde anda, desde as mais espetaculares criadas pelo Pai do Céu...
(esta maravilha abriu-se em flor hoje, e com tamanho esplendor, caiu como uma luva para ilustrar o post)
...até as mais inusitadas...
Criá-las com diferentes materiais é um desafio muito, muito prazeroso. Além do vidro, onde a pintura transparente faz uma festa de cores... 
 (falando nisso, aproveito para mostrar as embalagens fofas, vintage, das últimas peças, criadas para o Dia das Mães)

... a simetria do crochê também possibilita inventar muita moda "mandaleira".
Se a base for circular, temos então a faca e o queijo na mão, e de pontinho em pontinho vimos nascer mandalas lindas, no meu caso, a maioria das vezes, espontâneas, que ganham forma a cada carreira, sem muito planejamento. 
Assim nasceu a capa desse banquinho. Primeiro, uma base de ponto alto e, na sobreposição, a cereja do bolo: uma estrela arredondada presa com bordadinhos singelos.

Os pezinhos foram pintados como a Ana Matusita ensina aqui, na versão do seu banquinho fofo com crochê.
Tendência que a gente acaba se encantando, esse detalhe faz uma diferença e tanto, não?
Arrematei com pomponzinhos, coringa dos acabamentos.

E ficou assim... Namoro recente, não me canso de admirá-lo.
Que o transformar com paciência ( paz + ciência: a ciência da paz, grande sacada da minha "guru" Claudia, do Via Tarot) seja motivador, sempre. Amém.

domingo, 21 de abril de 2013

O toque da borboleta


O outono mostra sua generosidade no quintal, tanto nas poucas mas carregadas laranjeiras, como nas roseiras, ou melhor, na única que, sabe-se lá por quê, não atrai as danadas formigas cortadeiras. Sem falar nas borboletas, muitas e de diferentes tipos que bailam da manhã à tardinha, sempre me chamando para caçá-las em cliques que exigem paciência e tempo. Mas, como para toda regra, uma exceção, e provando que a vida, por mais rotineira, tem lá suas surpresas que volta e meia nos tiram o fôlego, dias desses uma criaturinha alada mostrou-me a força do imprevisível. Descansando no varal, avistei-a de longe e fui chegando de mansinho para tentar fotografá-la. Pareceu-me tão calma, que arrisquei aproximar a mão, contendo até a respiração para não assustá-la. Logo a bela foi-se chegando, chegando, e como milagre, escalou minha mão e ali repousou, confiante, enquanto meu coração disparava de alegria e a vontade era dúbia: silenciar profundamente para sacramentar o encontro e, ao mesmo temo, gritar para mostrar o feito a todos. Não foi preciso. Passada a euforia do primeiro instante, senti que poderia me movimentar e levá-la para passear por dentro de casa para exibir o troféu. 
Minha mãe alardeou: Isto é sorte! Sim, sim, respondi convicta. Tirei a sorte grande! 
Guardei  essa certeza da experiência tão rica em significados numa gavetinha especial da memória. Quando menos se espera, o que sempre desejamos muito cai nas nossas mãos. Talvez como prêmio, talvez recompensa, talvez a tão marqueteada lei da atração, ou simplesmente, como diria o poetinha Quintana, que já deve estar cansado de tanto ver seu recado circulando pelos caminhos virtuais, mas que nesse momento, sorry, impossível não lembrar: "O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você".
E de um degrau da maturidade que se conquista dia a dia, muitas vezes a duras penas,  reconheço que a indigesta impossibilidade de correr compensou-me com uma boa capacidade de contemplar. Tenho olhar "comprido", especialmente com a natureza, e com a graça dos céus, mente e coração que se alimentam dessas visões de beleza feito borboleta com seus néctares.
Que os milagres do cotidiano nos toquem e retoquem com leveza nossos espaços densos. Amém (em coro com a algazarra das maritacas no alto do pinheiro do jardim).