sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Espelhos meus à venda

Saindo do forno a produção "redonda" dos últimos dias, mapa dos roteirinhos de onde andou minha alma compulsiva por cor. Entre as mandalas, um "bendito o fruto". O espelho, de 35 cm de diâmetro, tem a borda trabalhada e pintada com tinta vitral nas cores turquesa, cobalto, amarelo queimado, púrpura e ouro envelhecido. Na cena, reflete e emoldura minha cama, herança da vó do marido, com almofadas "eu que fiz", e a canga que virou quadro, que mostrei aqui.
O "berço", que adoro!, não vendo nem troco por nada desse mundo. O espelho, espelho meu, pode ser seu. Foi produzido para venda. E as mandalas da "vitrine" abaixo também.
Oriental
Mandalinha com 12 cm de diâmetro

Vestida de MangueiraMandalinha de 12 cm de diâmetro

Estrela florida
Mandala com 15 cm de diâmetro

Flor do céuMandala com 15 cm de diâmetro

Primaveril

Mandala com 15 cm de diâmetro

EnsolaradaMandala com 15 cm de diâmetro


Para informar-se de valores, envio e outras possibilidades de modelos, entre em contato pelo e-mail: rosanasperotto@hotmail.com

Um lindo sábado aos que circulam feito mandalas por aqui, renovando e potencializando as boas energias! Amém.

Atualizando: minha amiga Sônia Bettinelli, jornalista que surfa como só ela nas ondas da política, entrou no blog e caiu de amores pelo espelho. Vai levá-lo para a casa nova. Que ele faça bonito, cumpra bem seu papel de refletir um sem-fim de imagens iluminadas nessa nova fase da sua família. Amém.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Os últimos suspiros

(merenguinhos e moringa, presente da : uma dupla vintage)
Minha fiel escudeira de mais de 15 anos anuncia pelo estranho ronco que está com as horas contadas. Na última empreitada, avisou também por sinais de fumaça, mas teimosa e apegada que sou, ainda consegui ressuscitá-la dando-lhe um descanso a cada 2 minutinhos de trabalho.
O apreço é mais do que merecido e o nome, mais do que justo. Só uma Planetária poderia dar conta de todo o movimento dessa cozinha full time que já foi confeitaria, na época dos bolos personalizados, como contei aqui. Só ela para aguentar o "tirão" das experiências do filho chef e ainda de todas as receitas que testei e exigiram a força de uma batida potente.
Enquanto fumegava e girava já com pouca velocidade, não pude deixar de ver a doce ironia do seu destino, despedindo-se enquanto batia suspiros. Cansada mas sempre valente, deu conta da mistura viscosa que, quando termina-se de bater, resulta num creme branquinho e fofo. Devolvia-a ao armário convicta de que moverei céus e terra para encontrar um "médico" que a recupere. Será sintoma de velhice acreditar que já não se faz mais eletroportáteis como antigamente? E o encantamento pelos confeitinhos coloridos, prova de que a menina lá de trás permanece "vivinha da Silva" e logo dá o ar de sua graça quando me envolvo com as lidas açucaradas?
Suspiros, aqui no Sul mais conhecidos por merengues, é daquelas receitas que meu prazer maior está em prepará-la. Depois, gosto de eventualmente roubar um do vidro, deixando-o derreter devagarinho na boca. Talvez porque levei algumas décadas para descobrir o "pulo do gato" para conseguir merenguinhos perfeitos: clarinhos e crocantes.
Quer aprender? A receita e os segredinhos estão aqui, numa combinação com morangos.
No feriadão, casei-os com morango também, mas de outra forma. A tortinha foi nascendo conforme abria geladeira e armários e encontrava ingredientes que poderiam se agregar. Fiz uma massa de biscoitos maria de chocolate, triturando 200g e misturando com cerca de 100g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente. Apertei no fundo de uma fôrma com fundo removível. O creme, improvisei com 1 pacote de mistura pronta para pudim de morango (item de um rancho-presente da empresa, que só dessa maneira chegaria à minha despensa... rsrs), onde juntei 1 xícara de cream cheese depois de preparado. Cozinhei 1 caixa de morangos com 2 xícaras de água e 1 de açúcar por mais ou menos 10 minutos. Separei os morangos e reservei a calda. Bati o creme com os morangos cozidos no liquidificador e coloquei sobre a massa de biscoitos. Levei a calda de volta ao fogo baixo, acrescentei 1 colher (sopa) de glucose de milho (ou Karo) e deixei borbulhar até engrossar. (A cor forte e transparente dessa calda rende um ensaio fotográfico!) Dispus os merenguinhos sobre o creme e reguei com a calda (fria). E foi dormir na geladeira.

Acordou no outro dia prontinha para o ataque das "formigas" que passaram por aqui nos dias de folga. E mesmo com um recheio molinho demais (o ideal é fazer com um creme tradicional de cheesecake), arrancou suspiros assim que ganhou espaço à mesa. E o vidro, na primeira foto, logo foi descoberto pelas visitas que não se acanharam, provaram e voltaram à infância, suspirando pelo canal da memória afetiva.

Doces lembranças, que elas não se cansem de nos visitar! Amém.