terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma aldeia pra sonhar acordado...

Ou um pensionato cinco estrelas para moças? As duas opções retratam com fidelidade os dois capítulos tão bem vividos na Pousada Aldeia dos Sonhos, em Canela. Quando estive lá há alguns anos com o marido, foi arrebatamento à primeira vista. A pousada caiu nas minhas graças como poucas, e quando isso acontece, saiam da frente: marqueteio aos quatro ventos, indico, mostro as fotos, divulgo o site... (o inverso também é bem verdadeiro...rsrs) Estabeleço uma relação tão próxima com o lugar, que de uma certa forma ele passa a ser um pouco meu também, e o sentir-se em casa dá-se feito mágica, orientada por alguns elementos significativos. A paisagem, a atmosfera, mas sobretudo a afinidade com a plástica das dependências, os objetos decorativos, detalhes que pulam aos olhos, tudo isso circula rapidamente pelo canal da empatia e dá a certeza de que quem mora ali, ou gerou aquele espaço, tem aspectos irmãos da minha alma. Naquele maio, ficamos acomodados na Casa Rosa, uma suíte aconchegante, como todos os ambientes da hospedaria...
Com um luxo inesquecível: a banheira de hidromassagem com vista para o cenário de araucárias, flores, passarinhos... Assim que ficou acertada a vinda da Laély ao Sul, e pensamos em alguns dias na serra, não tive dúvida: a Aldeia é a nossa cara! Fiz a propaganda forte com as meninas e ficou definido: é pra lá que vamos, é lá que montaremos nosso QG para o circuito de passeios, é lá que seremos ainda mais felizes. E assim foi, sem tirar e muito a por, como sonhei, como sonhamos... No primeiro cômodo do Chalé Hortênsia o trio se refugiou do friozão das noites com a mordomia da calefação, dos lençóis térmicos (dispensamos a lareira por puro comodismo), filmes, histórias compartilhadas... O clima de pensionato de moças deu o tom da hospedagem e embaladas por ele e pelo cansaço gostoso da maratona dormimos duas noites como adolescentes, sem nenhuma preocupação, num sono só, sonhando com as aventuras que nos aguardavam.

A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança...
(Atenção à coleção de colheres na sala do café banhada pelo sol da manhã)

Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam....

(Os gentis e hospitaleiros Ricardo e João, proprietários da Aldeia, com quem emendamos bons papos que passearam pela arquitetura, culinária, história, animais de estimação, comportamento....)

era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade... (José Antônio Oliveira de Resende)
(Laély em festa com seus novos amigos de quatro patas, matando a saudade dos dois que ficaram no Espírito Santo)

(Corações recortados emoldurando a vista do dia recém-nascido)

(E sob o teto das chaminés, a vida contemplada com gratidão)

(Gratidão pela fartura na mesa)

(Gratidão pela fartura de beleza)

(Gratidão pela fartura de inspiração)

(Gratidão, sobretudo, pela fartura de cumplicidade)

Que tenhamos, cada vez mais, sensibilidade para reconhecer as dádivas e coragem para vivê-las com inteireza. Amém!
Na próxima parada, a releitura da Cuca Cremosa do farto e delicioso café da manhã da Aldeia dos Sonhos preparada aqui. Fiquem com o aperitivo!

Atualizando: Ricardo e João, proprietários da Aldeia dos Sonhos, avisam-me sobre vídeo postado ontem no YouTube sobre a pousada, movimentos sincronizados com o Amém e o Saladala, que hoje também dedica post aos nossos dias hospedadas lá. Então, curtam o astral da Aldeia também por aqui: