sexta-feira, 14 de maio de 2010

Modelar, alinhavar, mimar

Foi o primeiro aniversário do Bento, netinho de uma das melhores pessoas que conheço, e que por grande bênção é minha amiga de casa e coração sempre abertos. Foi uma alegria modelar seu bolinho, estar junto da mãezinha que conheci menina, assistir à roda da vida nos trazendo novas companhias, dessa vez com pele dourada e cabelos cor de mel.
Para combinar com seus olhos, na camiseta azul benzi seu nome que adoro alinhavando letras, e com poás, plantei cogumelo e inventei joaninha diferente, com cabeça de botão.
Na mesa do Parabéns, encontrei a dupla de bolinhas fazendo mais graça, um charminho retrô que vencido o dó, derrete na boca o delicioso sabor das nozes e do coco. Obras em miniaturas de uma doceira que modela com mãos sensíveis e perfeccionistas seu ofício reconhecido há décadas na região.
Porque quem mima nossos filhos e netos faz o caminho certeiro para mimar nossa alma, os convidados que mimaram Bento foram também muito mimados pelas gentilezas dessa família amorosa.
E para ter o anjinho loiro sempre por perto, saíram da festa com suas imagens à tiracolo...

assinadas pelos alinhavos da vó, em pontinhos de sublime afeto.
Um final de semana com muitos mimos para todos nós! Amém!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Porque mimar é tão bom...



Todo ano é assim: gosto de mimar minha mãe no seu dia, Natal, Páscoa, aniversário com algum presentinho feito por mim junto com outro comprado. Quando as datas se aproximam, visto a pele da filha que adorava preparar surpresinhas para ela nas aulas de artes do colégio e começa a maratona atrás de uma ideia nova. A mania de pular de uma técnica a outra favorece, sempre tem uma "febre" do momento para embrulhar e encantá-la. Mas com a chegada à virtualidade, as opções se multiplicaram de tal forma, que depois de olhar mil vezes as pastas abarrotadas de sugestões, uma mais linda que a outra, bateu saudade daquele tempo da adolescência quando duas ou três revistinhas de artesanato serviam de inspiração para presentes de muitos anos. E em meio a indecisão, os dias criaram asas e me vi de mãos abanando na véspera do domingo das mães. Cheguei a querer me convencer que o presente comprado e mais as flores já estavam de bom tamanho, mas mania é algo por demais enraizado para ser derrubado por um pensamentozinho. Então, reconhecendo outra mania, a de não conseguir copiar com fidelidade qualquer tipo de craft, mesmo que me proponha com o PAP na frente, tirei os olhos da tela, olhei em volta e fez-se a luz! Vi a carinha iluminada de desejo da mãe quando ganhei de uma mamãe Noel essa mimosa aqui, e tratei de dar forma a uma gêmea, nada idêntica. Horas depois a gnoma com vestido produzido na sua cor preferida, tecido do combo de fazendinhas aquele que ganhei da Cecília e da Helena, recheava-se de biscoitinhos "vovó sentada" (já que sua dona tem restrição de açúcar) e era embalada para embalar a menina que ama bonecas que sobrevive na alma da minha mãe dando um olé no tempo.
O pacote foi aberto com a ansiedade de uma criança, e a exclamação - Tu comprou uma pra mim na viagem ao Espírito Santo?!! - só se dispersou quando enchi o peito disfarçadamente e articulei a frase aquela que infla o ego de toda crafter: "Fui eu que fiz!". Mais orgulhosa fico ainda quando ela sai a mostrar para Deus e o mundo o que sua filha, com o tradicional adjetivo "com mãos de fada", fez para ela. E dou também um olé no tempo, e a abraço com a emoção da menininha que encontrou lá no passado seu melhor jeito de demonstrar afeto, bem antes das palavras.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Com Cacau e com afeto

Muito prazer! Eu sou Cacau, o novo morador da casa. Como todo bebê, mudei a rotina dos humanos que moram aqui. Mais ainda das noites, quando chorei um choro sentido e estridente por horas a fio, e eles pensaram, várias vezes, em me devolver para o antigo lar. Mas quando tiveram a boa ideia de colocar uma bolsa de água quente na minha caminha, e o calor me aconchegou lembrando minha mãe, acalmei, e eles também.

Quem ainda não se rendeu aos meus encantos é o Bibi. Tudo bem, não deve ser fácil mesmo dividir o reinado, mas mal sabe ele como pode ser divertido aceitar meus convites insistentes para brincarmos juntos. Tá bom, piso na bola quando tento pegar seu rabo, não resisto e avanço na sua ração, quando me adono do seu lugar no sofá. .. Vamos dar tempo ao tempo, quem sabe nos tornamos bons companheiros. Eu, menos invasivo e chatonildo. Ele, menos intransigente e posudo.

Observação da humana: Senhor, mãe de filho único tem problemas até em dividir atenção com animais de estimação... Se me derreto com as gracinhas do pequeno, imediatamente corro o olhar para o reizinho felino e o cubro de cafunés... Será que o malandrinho tá se aproveitando da minha culpa? Não acredito, gatos são tão autossuficientes que não precisam dessas artimanhas. Manhas e artes que vão me desafiando a romper a distância com os cães e dedicar a eles uma fatia do histórico e desmedido apaixonamento pelos "miaus" de todas as raças.