quarta-feira, 5 de maio de 2010

Revel(ação) em relevos



Mandala em vidro com 15 cm de diâmetro


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Mandala em vidro com 12 cm de diâmetro


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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Na ciranda de Cora

Muitas vezes pensei que a beleza de alguns comentários mereceria destaque para que nossos visitantes mais discretos, que não costumam se manifestar e, consequentemente, não veem a opinião de outros leitores, pudessem também conhecer as impressões dos mais falantes.
Nos últimos dias, não tive dúvidas que as mensagens do post abaixo, citando a poeta-doceira Cora Coralina, não poderiam ser desperdiçadas. Fiquei em estado de graça especialmente com dois relatos, que chegaram em perfeita ordem cronológica, trazendo Cora cada vez mais para perto. Vivências de duas amigas que estão sempre por aqui e que cresceram no espaço sagrado das afeições. Uma ainda não tem blog, mas escreve com fermento e suas palavras fluem mansas, contagiando com sua suavidade.
A Teresa Esteves chegou primeiro nos comentários e me contou este capítulo da sua história com Cora:
A lembrança da nossa querida e única Cora Coralina é emocionante!... Eu tenho o livro dela que traz essa poesia com a qual você abriu este lindo post de hoje...Recomecar...Fazer poemas...Não se deixar destruir...Plantar...Fazer doces! São palavras chaves e cheias de sabedoria para cada um de nos! Eu ate copiei este poema num de meus cadernos há muito tempo atrás...São versos cheios de coragem e vontade de viver a vida em toda a sua plenitude!Coisas de uma alma doce, íntegra, forte e iluminada...Coisas da "Aninha", como ela (Cora) falava...
E ainda te revelo um fato...Eu estive lá, na casa da Cora...A casa da ponte, onde passa ao lado o rio Vermelho...Uma bela casa colonial no coração da cidade de Goiás Velho! Me emociono de novo...Só de lembrar! Foi há alguns anos atrás, numa viagem à terra natal do meu marido...E me vem na memória as paredes antigas, o telhado marcado pelo tempo...O cheiro suave dos doces...Sim, na época as senhoras continuavam a fazer os doces e vendê-los na casa da poetisa...E tudo me vem assim, com gosto de sonho doce e embalado pelo vento que cruza entre o passado e o presente...E lembro da silhueta da mulher idosa e de alma tão jovem, que deixou abertas as portas dos seus anos para as novas gerações...Muito lindo, Rosana...
Um grande abraço apertado e emocionado no seu coração! Teresa
Há algumas semanas, Teresa também me presenteou com essas fofuras devidamente identificadas:
Os macaquinhos já estã0 voltando ao nosso quintal...Sao micos-estrelas que habitam pela nossa vizinhanca e sempre vêm nos visitar...Andam sempre em família e tem vezes que tem até 9 micos na nossa árvore! Eles ficam assoviando...Esperando que eu leve umas bananas pra eles comerem...rsrs... eles já fazem parte do nosso cotidiano e são criaturinhas muito engraçadas... São pequenos personagens que fazem do nosso quintal um lugar mágico!

A Lúcia Pietra, do blog Arte Sã - Arteira e Artesã, que como Teresa usa reticiências como que para continuar o pensamento, se encarregou do segundo capítulo com uma surpresa digna de grande final:
Rô....quando li seu post... quase chorei... de saudades de Goiás velho...Rô....eu conheci pessoalmente Cora Coralina..comi dos doces feitos por ela mesma sentada no quintal da casa da ponte...Depois de conhecer Cora e Goiás Velho a minha vida mudou...a cada ano, ano e meio tô por lá, pois é onde consigo recarregar minhas energias...aquela cidade inteira é uma arte...você anda pelas ruas e sente a historia que ela traz, além de encontrar com gente do mundo inteirolá... pintores, músicos, escritores, escultores, atores...ela pulsa...cada beco tem seu cheiro, sua cor, sua historia...Quem sabe poderíamos ir juntas para lá, sou amiga da presidente do museu da Casa de Cora...Lá não se gasta muito....as pousadas são simples, aconchegantes...tem uma que fica literalmente sobre o Rio Vermelho...é maravilhoso dormir com o som da água... Pense na ideia de irmos para Goiás juntas...ia ser maravilhoso..conheço cada beco...cada canto cada cheiro...ai que saudades...
Mil beijos...
Lu


À generosa Lu, que conheceu Cora, que comeu dos seus doces, que me estende a mão para realizar o sonho de pisar no habitat da poeta e que hoje apaga velinhas, um abraço grande de aniversário.

Às duas, meu agradecimento pela gostosa parceria que confirma as palavras da mestra, tão bem lembradas pela Taia Assunção, do Zambia meu lar, Brasil meu jardim, em outro comentário: "Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".

A Cora, que gerou todo esse movimento nos reunindo numa doce ciranda, uma prece de pura gratidão.