terça-feira, 6 de abril de 2010

Obras dos meus gatos

Bibi chegou aqui há mais de um ano como uma "menina" de narizinho cor-de-rosa.
Ganhou o nome em homenagem ao apelido da tia querida, e alguns meses depois, aprontou uma surpresa daquelas revelando sua verdadeira identidade: um "menino" de narizinho cor-de-rosa. O nome ficou, mas os apelidos foram se agregando, dando um tom mais masculino ao nosso bebê manhoso. "Zigão" é solicitado por todos, e agora com o friozinho chegando, começa uma disputa acirrada para ter a sua companhia na cama. No verão, prefere sua cobertura no alto do armário (foto) , ou no quartinho da bagunça, onde oficializou seu berço. E como felino autêntico, e criança sem lá muitos limites, vem deixando suas marcas pela casa, assim como um outro que conheci lá no Espírito Santo e que sua dona mostrou hoje na sua sala. Na obra mais vanguardista do crafter Bibi, produzida a unha, o pufe, usou toda a sua habilidade e destreza e o resultado pós-moderno não poderia ser mais impactante, no meio da sala, ganhando os olhares de todos que põem o pé na casa:

Assim como quando os filhos são pequenos e fechamos os olhos o mais que se pode à bagunça, priorizando o seu desenvolvimento e a nossa saúde mental, resisti com fibra ao mal-estar que o pufe detonado me causava. Até que, há umas semanas atrás, a agonia de ver "aquela coisa" me pegou de cheio e resolvi arriscar na empreitada de forrá-lo, ciente das duplas possibilidades de frustração: ver o trabalho esfarrapado em pouco tempo ou o artista partir para o ataque em outro estofado. Escolhi uma lonita com trama bem fechada e padronagem antiguinha, daquelas com que forravam colchão e cobertas, e pus a Janome a funcionar. Depois de alguns acertos, e apesar de não ter conseguido uma capa bem justa, o pufe de roupa nova trouxe um grande alívio para o meu olhar.
Com olhos atentos e propósito (não muito firme) de educar Bibi a afiar suas garrinhas nos troncos do quintal, não é que parece que o menino travesso perdeu o encanto pela "pufemania"? Até esboça o instinto, mas com jeito de quem não reconhece mais o brinquedo, não vai muito adiante. Vamos ver até quando vai esse bom comportamento...


Obra do outro gato da casa, o filho chef, a torta de chocolate, em três camadas - brownie, mousse e ganache - me fez suspirar e lamber a colher, mesmo não morrendo de amores por cacau e derivados. Fechamento à altura do domingo de Páscoa, mais ainda saboreado e partilhado assim, desmontando pouco a pouco o mesmo miolo .

Meu personal designer gráfico, no alto dos seus 8 anos, dedicou parte da sua agendada tarde da semana comigo a produzir uma edição de imagens das mandalas, com direito a efeitos aquarelados e trilha sonora. O que sua tia levaria uns bons dias falando sozinha para aprender, para meu gatinho criativo e esperto foi barbada, e eu adorei! Logo estará aqui, assim que Bruno me orientar sobre a URL para a postagem.
Que os meninos continuem arteiros, e que suas artes preencham nossos dias de belas novidades. Amém!