sábado, 15 de agosto de 2009

Com a benção...

das fadas fashions, nascidas aqui na última primavera, um domingo colorido!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A passos de tartaruga

Minhas flores de maio (Schlumbergera truncata ), encantadora imagem do outono, este ano resolveram mostrar que até mesmo na natureza às vezes os ciclos têm outros prazos. Passou maio, depois junho, e com a esperança já desbotada, no final de julho dei mais uma examinada. Minúsculos botões nas pontas das folhas anunciavam a surpresa. E quando agosto entrou, em sintonia os vasos foram se cobrindo assim, de alegria esperada, pelos tons intensos e outros suaves.

Quase pássaros na forma, donas do seu tempo, pura celebração da liberdade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Morango de mentirinha, histórias de verdade

Moranguinho
"Onde estarás, moranguinho?
Detrás de qual folha tu temes que eu te colha?
Moranguinho, onde estarás?
Deixes minha boca te saborear
Quando a primavera vem, verdejando os montes
Te adivinho no azevém, vizinho das fontes
Te esperei quando era flor
Te guardei com tanto amor
Mas já é hora de provar teu suave sabor
Moranguinho...
Quando a primavera põe luz do sol nos montes
Te procuro desde aqui até o horizonte
Teu aroma te trai, revelando-me onde estás
Vestidinho de carmim, todo em petit-pois..."

Canção para crianças da francesa Anne Sylvestre com versão
em português de Nando d´Ávila,
do CD Póstumo "Ao Vivo, Entre Amigos"

Vô Rudy esteve na família por alguns anos como vô emprestado, emprestando-nos histórias e receitas de vida com sua presença forte e terna. Orgulhava-se de sua habilidade nas lidas da confeitaria, e atribuía a ela a bênção de ter sobrevivido à guerra. Contava que como prisioneiro na Alemanha, fora incumbido de trabalhar na cozinha, e ali desenvolveu um talento que desconhecia. Seus doces caíram nas graças de superiores militares, o que lhe garantiu privilégios, o maior deles, a graça da vida preservada.

Quando batia à nossa porta todo faceiro com o bolo-presente, era a própria imagem desse milagre que é a regeneração da alma, capaz de recuperar a alegria, transmutar a dor em amor. Talvez o Dia dos Pais tenha trazido a saudade para perto, e depois de anos, busquei a receita no caderno e prometi segui-la à risca. E não é que reencontramos vô Rudy pelo sabor inconfundível do seu bolo mármore?! A singularidade está no tempero: noz-moscada e licor de chocolate. A singularidade está no tempero...

Bolo mármore

Ingredientes: 200 gramas de manteiga, 250 gramas de açúcar, 4 ovos, 1 xícara de leite, 500 gramas de farinha de trigo, 2 colheres (sopa) de fermento em pó, raspas de limão, 1 colher (cafezinho) de noz-moscada moída, 1 colher (sobremesa) de essência de baunilha, 3 colheres (sopa) de cacau, 3 colheres (sopa) de licor de chocolate

Modo de fazer: Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até ficar clarinho. Junte os ovos, um a um, e continue batendo. Acrescente a metade da farinha e a metade do leite, e bata. Adicione o restante da farinha com o fermento e o leite e bata mais um pouco. Misture os temperos: casca de limão, noz-moscada e baunilha. Separe um terço da massa e nela misture o cacau e o licor de chocolate. Coloque a massa clara em fôrma de furo central, bem untada e enfarinhada, e por cima a massa de chocolate. Misture levemente as duas massas com um garfo para marmorizar. Leve ao forno alto nos primeiros 20 minutos e baixe para médio por mais cerca de 20 minutos. Faça o teste do palito para verificar o cozimento. Depois de frio, polvilhe açúcar de confeiteiro ou cubra com cobertura de chocolate.


Mas como esse também era um bolo para presente, enquanto assava as agulhas funcionaram para fazer o cobre-bolo. Tule, um crochezinho em volta com miçangas e um morango, petit-pois, como diz a música do Nando, para fazer uma graça à aniversariante, outra mestra-doceira, que dia desses ganha um post só seu.